sábado, 15 de março de 2008

Jogaram pedra no "Telhado de Vidro"

(foto Jornal Folha da Manhã 12/03/2008)
A cidade de Campos dos Goytacazes, localizada na região norte fluminense, foi destaque nacional por três vezes nesta semana. Infelizmente por dói motivos sérios, começamos a semana com um acidente grave que levou a óbito sete jovens. A única sobrevivente do episódio é uma garota de 17 anos, que por pouco também não perdeu a vida por imprudência alheia.

Na terça-feira a rede nacional também contou com a presença de um factual campista, mais de 150 homens da Polícia Federal de todo o Estado do Rio, com vários carros e um avião a jato, fizeram parte da operação “Telhado de Vidro” realizada pela Polícia Federal (PF), resultou em vários mandatos de busca e com a prisão de 13 pessoas, entre eles quatro dos principais nomes da administração municipal, que supostamente envolvidas num esquema de desvio de dinheiro.

A PF agiu em cumprimento de determinação do Ministério Público Federal (MPF). As fraudes, de desvios de verbas do Ministério da Saúde, totalizam cerca de R$ 240 milhões. De acordo com o MPF, empresários ligados à atual administração pública do município utilizavam “laranjas” para disputar licitações viciadas e assim firmarem contratos milionários com a prefeitura. Todos foram indiciados por crime contra a ordem tributária, superfaturamento, fraude em licitações e formação de quadrilha. Seus bens foram todos bloqueados pela Justiça.

Entre os presos e afastados dos cargos estão empreiteiros, secretários e assessores do prefeito Alexandre Mocaiber, que acabou sendo afastado do cargo por denúncias de fraudes em licitações de obras e contratação de pessoal. Com o afastamento de Mocaiber, o vice-prefeito Roberto Henriques assumiu a prefeitura e permanecerá no cargo enquanto durarem as investigações.

A operação começou nas primeiras horas da manhã, quando agentes da PF cercaram a casa do prefeito e a prefeitura, onde vasculharam várias secretarias para o cumprimento de mandados de busca e apreensão de computadores e documentos.

Os envolvidos deverão responder por crimes contra a ordem tributária e formação de quadrilha. A Cruz Vermelha é responsável pelo programa Saúde da Família (que envolve recursos do governo federal), enquanto a José Pelúcio gerencia os recursos para o pagamento de cerca de 20 mil contratações de pessoas. Os presos foram levados algemados num avião da Polícia Federal direto para a Superintendência Regional da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio.

Se não bastassem esses fatos, na quarta-feira dia 12, dezenas de bancas do Shopping Popular Michel Haddad, no Centro de Campos, foram fechadas, ontem, por policiais da Delegacia de Repressão ao Crime e Propriedade Imaterial (DRCPIM), que atuaram na Operação Crocodilo 3. Foram apreendidas cerca de 800 mil mídias em CDs de músicas, filmes, softwares e jogos. A Operação Crocodilo 3 contou com a atuação de 15 policiais civis, que receberam apoio de representantes da Associação Anti-Pirataria do Cinema e Música e da Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes). O grupo age em todo o Estado de Rio de Janeiro e considera Campos um dos principais pólos da “pirataria”.
Meu Deus, que semana corrida..........

Dorlany Del’ Esposti – Acadêmica do 7° período de Jornalismo

2 comentários:

horusviana disse...

Dorlany,

dia desses pensei no ditado que deu nome à operação da PF, que é, dentre muitas variantes:
"Quem tem telhado de vidro não atira pedra ao do vizinho/no telhado dos outros".
Como em nosso país a ação da justiça não é assim tã espontânea, fica a pergunta: de quem é o telhado onde a corja jogou pedra primeiro???

DORLANY DEL' ESPOSTI disse...

pois é.......
Uma pergunta realmente dificil de responder porque infelizmente não podemos confiar nos políticos de nosso pais.
Valeu pelo comentário :)
bjim